O filme mostra dados alarmantes sobre a situação sócio-educacional brasileira. As diferentes situações que adolescentes ricos e pobres, enfrentam dentro da escola: a precariedade, o preconceito, a violência e a esperança. Escolas sem banheiro , sem água,falta de material didático, um contraste incrível onde mostra uma aluna pobre de Pernambuco que sonha em estudar e ser alguém, e que talvez nem consiga. Enquanto que, numa escola para jovens da elite em São Paulo, uma garota preocupa-se com o fato de não ter sido muito assediada pelos colegas, como no ano anterior.
A realidade é muito chocante nas escolas das periferias . Muita violência, professores desinteressados e faltosos. Alguns destes atribuem a culpa do próprio desinteresse aos alunos, que “não colaboram”. Outra revelação é a de que jovens estudantes que matam aula para assaltar, justificam, entre outras coisas, que outras pessoas famosas/importantes roubam milhões e não vão presas.
O filme comove pela poesia que traz. Mostra a fragilidade e insegurança da juventude em todas as classes sociais, naquilo que está mais presente em cada classe e região do País. A diferença de valores, adquirida pela condição social em que vivem. É uma denuncia séria, que deveria ser visto por todos que possam influênciar na mudança desta realidade cruel.
O documentário propõe um misto de sentimentos para o professor, pois retrata o dia-a-dia das salas de aula e a solidão de professores e alunos, que precisam ressignificar a concepção de escola que carregam. Contudo,diante da falta de valorização da escola, não sabem por onde começar.
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